sexta-feira, 29 de abril de 2016

As diferentes relações das crianças com a cozinha

Do nosso parceiro Toda Criança Pode Aprender

Em um momento de crescente valorização do lugar da criança dentro da cozinha, convidamos vocês a uma reflexão sobre as relações que crianças de diferentes realidades podem estabelecer com o ato de cozinhar.
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foto: Yassan Yukky
Já falamos aqui e aqui sobre como cozinha é lugar de criança, sim. Ter uma relação próxima com os alimentos, preparar a própria comida e ter familiaridade com os instrumentos de culinária são hábitos que geram os mais diversos aprendizados, desde conhecimento sobre nutrição até coordenação motora e responsabilidade com a própria segurança.
Recentemente o jornal O Globo fez uma reportagem intitulada “Crianças deixam adultos de boca aberta com talento no fogão”, contando a história de crianças, muitas vezes filhas de pais que não sabem cozinhar, que tomaram gosto pela gastronomia e passaram a preparar refeições elaboradas para a família. A matéria, que pode ser lida na íntegra aqui, fala sobre o espanto dos pais ao entrarem em contato com a capacidade infantil na cozinha, algo não estimulado por hábitos caseiros, mas por meio de matrícula dos filhos em cursos que pudessem oferecer esse conhecimento.
Nas casas em que os pais têm o costume de cozinhar no dia a dia, é comum que as crianças aprendam desde cedo a fazer o básico. Em famílias nas quais, por exemplo, os pais trabalham fora o dia inteiro, não é difícil imaginar as crianças que cuidam dos irmãos mais novos preparando refeições para eles e para o restante da família. Nesse caso, elas aprendem a cozinhar na rotina da casa, acompanhando e ajudando os pais na cozinha ou, em muitas realidades, enfrentando sozinhas esse desafio.
As famílias que vivem na área rural e comem alimentos da própria horta também contam com a ajuda das crianças para plantar e colher desde pequenas. Nesses cenários, a relação da criança com a alimentação começa no plantio, e elas entendem e lidam com os alimentos de maneira diferente das crianças que têm os ingredientes comprados no supermercado.
Como será que são as experiências dessas crianças com a comida? Será que preparar um risoto é tão diferente de fazer purê de batata ou de cozinhar cenouras? Que descobertas são possíveis em diferentes ambientes (na cozinha, na horta, em cursos)? Como os adultos podem aproveitar as oportunidades de aprendizagem junto às crianças? Boas questões para nossa reflexão! E, da próxima vez que você for preparar uma refeição, o que acha de convidar seus filhos para ajudar?
O Toda Criança Pode Aprender visa fortalecer, no imaginário da sociedade brasileira, a noção de aprendizagem como capacidade inerente a qualquer criança e potencializada pela mediação dos adultos.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Dossiê: Emenda Constitucional 59/2009: em busca da criança perdida

v. 18, n. 36 (2016): Dossiê: Emenda Constitucional 59/2009: em busca da criança perdida


Sumário

Editorial

EditorialPDF
Bianca Salazar Guizzo, Luiz Felipe Zago

Dossiê

Apresentação - Dossiê "Emenda Constitucional 59-2009: em busca da criança perdida"PDF
Rodrigo Saballa de Carvalho, Paulo Sérgio Fochi

Velhas e novas obrigatoriedades: para quais crianças?

O Ensino obrigatório na legislação federal dos séculos XX e XXIPDF
Bruna Breda
A (pré)-escola na lógica da obrigatoriedade: um desconcertante 'dejà vu'?PDF
Mônica Appezzato Pinazza, Maria Walburga dos Santos
Desatando nós... os fios que tecem o percurso da pré-escola no Brasil: da liberdade de escolha à obrigatoriedade de frequênciaPDF
Cinthia Votto Fernandes

De Norte a Sul: perderam as crianças?

Obrigatoriedade de matricula aos 4 anos: ampliação ou recuo do direito?PDF
Rosânia Campos, Maria Carmen Silveira Barbosa
Direito à educação infantil no contexto da obrigatoriedade de matrícula escolar na pré-escolaPDF
Maria Luiza Rodrigues Flores, Simone Santos de Albuquerque
Contribuições da teoria histórico-cultural para a universalização da pré-escola no BrasilPDF
Sônia Regina dos Santos Teixeira, Ana Paula Melo de Araújo

Por Pedagogias que não se percam (d)as crianças

As gramáticas pedagógicas participativas e a construção da identidade da criançaPDF
Júlia Oliveira-Formosinho
“O muro serve para separar os grandes dos pequenos”: narrativas para pensar uma pedagogia do cotidiano na educação infantilPDF
Rodrigo Saballa de Carvalho, Paulo Sérgio Fochi
Perspectivas de crianças sobre o cotidiano da pré-escola: o recreio em focoPDF
Silvia Helena Vieira Cruz, Celiane Oliveira dos Santos
Manifesto (des)educado: profanações pós-coloniaisPDF
Solange Estanislau Santos, Flávio Santiago, Ana Lúcia Goulart de Faria

Artigos

A garantia do direito à Educação Infantil para os filhos da classe trabalhadora nos Planos Municipais de Educação do Estado do ParanáPDF
Simone de Fátima Flach, Janete de Fátima Ferreira Caldas
Memórias e patrimônios documentais afro-brasileiros: implicações para a EducaçãoPDF
Maria Angélica Zubaran
Os testes que tratam da representatividade de gênero no cinema e na literatura: uma proposta didática para pensar o feminino nas narrativasPDF
Carolina Alves Magaldi, Carla Silva Machado
Pesquisar com Michel FoucaultPDF
Pablo Severiano
Contribuições da teoria da atividade de Leontiev para o trabalho com bebês na crechePDF
José Ricardo Silva, José Milton de Lima

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Invenções infantis transformadas em realidade

Do nosso parceiro Toda Criança Pode Aprender

Conheça a iniciativa “Inventors! Project”, (Projeto dos inventores!, em tradução livre) que valoriza a criatividade das crianças ao produzir modelos de suas invenções.
O artista e inventor Dominic Wilcox pediu para mais de 450 crianças desenharem ideias de invenções próprias. A partir disso, ele entregou os desenhos para fábricas locais e selecionou os que poderiam virar realidade.
Confira algumas das invenções elaboradas pelas crianças:
Um gancho para tirar as batatas da lata de Pringles
Georgia, 11 anos
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Um garfo que esfria a comida para você
Amellya, 6 anos
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Um patinete para toda a família
Wendy, 9 anos
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Óculos que te mostram o que está atrás de você
Alex, 11 anos 
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Veja as demais invenções aqui.  E, agora, que tal pedir para uma criança que você conhece desenhar uma invenção?
O Toda Criança Pode Aprender visa fortalecer, no imaginário da sociedade brasileira, a noção de aprendizagem como capacidade inerente a qualquer criança e potencializada pela mediação dos adultos.

domingo, 17 de abril de 2016

Uma dica bem bacana: barracas para brincar

Não costumo dar este tipo de sugestão, mas como no começo do ano fui em busca de um presente para minha sobrinha e precisei andar muito e passar por várias lojas voltadas ao público infantil até encontrar o que queria, vou compartilhar.
A minha sugestão é a loja Minimim. Lá, além de opções de vestuário bem bacana, existem opções de brinquedos super divertidos. Diferente de todas as lojas que visitei, na loja Minimim encontrei muitas opções de brinquedos de madeira, tecido além de opções de fantasias super bacanas para as crianças brincarem.
Na ocasião, a minha escolha foi uma barraca, e minha sobrinha adorou! Aqui estão algumas fotos das opções que existem na loja.





Se gostou, passa lá!

Contato
Endereço: Fernandes Vieira, 323
Bom Fim - Porto Alegre- RS
Brasil
Fone: 51 3094 0620
Email mundominimim@gmail.com

sexta-feira, 15 de abril de 2016

As cores das flores

Do nosso parceiro Toda Criança Pode Aprender

Esse vídeo institucional, produzido por uma organização que atua em apoio a pessoas com deficiências visuais na Espanha (ONCE), é sensível e emociona.
Ouve-se muito atualmente que crianças com deficiências visuais, motoras, auditivas e intelectuais são capazes de aprender como todas as outras. O vídeo mostra de forma impressionante como isso pode se dar, usando como contexto, a escola.
Mas, o que nos interessa é refletir o que não se pode ver no vídeo, ou seja, o que ocorre em outras instâncias e momentos, que apostam no potencial dessa criança aprender e por isso contribui para que ela chegue ao resultado que alcança na escola.
Alguns flashes de sua vida com a mãe e uma figura masculina – que pode ser seu pai – indicam que esses adultos acreditam nele. Podemos ver isso na fala do homem que diz: “quero saber como vai sair dessa…” indicando um tom de voz que acredita no menino, como se nas entrelinhas estivesse só um desafio para saber como fará, pois sabe que o fará. Isso revela uma confiança no potencial e na capacidade da criança que o ajuda a se lançar no desafio.
Em companhia de sua mãe somos convidados a presenciar como passam algumas horas juntos, lendo ou num parque, e como tais situações possibilitam que continue a pensar sobre seu desafio, no sentido de poder fazê-lo da melhor forma. Também essas cenas parecem ilustrar a relação de apoio e a forma como a mãe possibilita que tenha acesso a informações e situações que ampliam suas possibilidades.
Em nenhum momento é colocado em dúvida se o menino realizará a tarefa. A expectativa é de como irá realizá-la.
Vale destacar que além desse apoio de pessoas próximas, a estrutura escolar, a instituição que apoia pessoas cegas e os profissionais envolvidos foram importantes para possibilitar esse contexto.
Essa rede de confiança na capacidade de aprendizagem da criança se explicitam em todas as situações.
Isso é acreditar que Toda Criança Pode Aprender!

O Toda Criança Pode Aprender visa fortalecer, no imaginário da sociedade brasileira, a noção de aprendizagem como capacidade inerente a qualquer criança e potencializada pela mediação dos adultos.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

A guerra através dos olhos das crianças de Gaza

Do nosso parceiro Toda Criança Pode Aprender

Desenhos de crianças podem ser muito expressivos e demonstrar uma profunda capacidade de compreensão de situações extremamente adversas.Gaza - livro  Como já abordamos no post sobre as crianças invisíveis, o desenho de uma criança pode revelar muito sobre o modo como ela vê o mundo. Não poderia ser diferente em uma das piores zonas de conflito do planeta: a Faixa de Gaza. Os desenhos de crianças palestinas, moradoras da região, foram reunidos no livro “A Child’s View From Gaza: Palestinian Children’s Art and the Fight Against Censorship” (A Visão de uma Criança de Gaza: a Arte de Crianças Palestinas e a Luta Contra a Censura, em tradução livre).  gaza 2  Inicialmente os desenhos fariam parte de uma exposição no Museu de Arte Infantil de Oakland que foi cancelada duas semanas antes de sua estreia. Desse fato surgiu a acusação de censura e o livro foi feito como forma de propagar a visão dessas crianças afetadas pela situação de conflito em que vivem. Independente de visões políticas relacionadas à guerra, é inegável a força que essas imagens têm. Nenhuma guerra deve ser considerada positiva e essas crianças estão reféns da situação. E, infelizmente, passam por situações que requerem uma resistência emocional que nem mesmo os adultos possuem. Como estão aprendendo a todo momento, coisas boas e ruins, nessa também aprendem… Essas imagens são, paradoxalmente, uma forma singela e dolorida de espalhar um pouco do que acontece por lá.  
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O Toda Criança Pode Aprender visa fortalecer, no imaginário da sociedade brasileira, a noção de aprendizagem como capacidade inerente a qualquer criança e potencializada pela mediação dos adultos.