Talvez uma das situações que mais se repetem no filme indique a metáfora presente neste longa metragem argentino: espiar. Juan, ou, Ernesto, em diversas situações espia por buracos, ou, entre paredes as situações de protesto que sua família vive. Observa, escuta e acompanha a vida de uma família que luta por ideias e que os coloca em uma situação de eterna fuga do governo argentino do final da década de 70.
Mas Ernesto também espia o amor. Descobre a "sensação estranha que dá na barriga" quando se está enamorado por alguém. Maria, sua colega de escola, transforma os dias de Ernesto e, com isso, desperta o interesse do menino em transformar sua história.
Essa história, baseada em fatos reais, é um convite sensível e sutil para o espectador observar a complexa trama da vida, das chegadas, das partidas, dos ideais e dos encontros -de amor, e de dor - que somos obrigados a tecer diariamente.
Fica a dica!